Artigo Broncodilatadores
Artigo original
Broncodilatadores
Bronchodilators
Hisbello S. Campos1, Paulo A. M. Camargos2
RESUMO
Broncodilatadores agem através de seu efeito direto relaxante sobre a célula muscular lisa. Eles pertencem a três classes farmacológicas: agonistas dos receptores β2-adrenérgicos, metilxantinas e antagonistas muscarínicos (ou anticolinérgicos inalatórios). Quando usados pela via inalatória, os beta 2 agonistas e os antagonistas muscarínicos têm ação mais rápida com menos efeitos sistêmicos. Os broncodilatadores de ação rápida são mais usados no tratamento de alívio dos sintomas agudos enquanto os de ação prolongada são melhor usados no tratamento de manutenção. Os β2-agonistas são os broncodilatadores mais usados no tratamento da asma. Os anticolinérgicos têm início de ação mais lento e menos efeito sobre a função pulmonar, quando comparados aos beta 2 agonistas, sendo mais usados no tratamento de portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O emprego das metilxantinas no tratamento regular é limitado por seus efeitos tóxicos potencialmente perigosos. Os β2-agonistas de curta e de longa duração, junto com os corticosteroides inalatórios, constituem o pilar terapêutico da asma nos doentes com a asma mal controlada com o uso isolado de corticosteróide inalatório.
Embora esteja havendo grandes esforços para desenvolver novos broncodilatadores, as indústrias farmacêuticas estão aprimorando as classes existentes mais do que descobrindo novas categorias. O principal foco tem sido no desenvolvimento de novos ligantes que interajam com adrenoreceptores beta 2 e/ou receptores muscarínicos, amplificando sua efetividade broncodilatador e duração de ação, bem como sua segurança. Nessa revisão, são apresentados e discutidos os mecanismos de ação, efeitos indesejáveis e indicações clínicas desses broncodilatadores.
Descritores: Asma; Broncodilatadores; Progressão da doença.
ABSTRACT
Bronchodilators work through their