Mestiçagem
INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS
ESTUDOS SOBRE A CONTEMPORANEIDADE II (TURMA 17)
PROFESSORA: ADRIANA MIRANDA PIMENTEL
ALUNO: Leonardo Cruz de Oliveira
TEMA: O conceito de Cultura de forma mais ampla
Mestiçagem como ampliação da cultura
O termo mestiçagem é um conceito ainda em formação. Ele não fez parte das culturas não ocidentais e quando estava sendo explorado de fato no Ocidente, como por Giordano Bruno, esse foi sumariamente repelido e queimado na fogueira por defender a teoria da pluralidade do mundo. A mestiçagem não é algo que deva ser reivindicado, já que a é inata ao ser humano. Ela é, pois a afirmação do ser como múltiplo e plural, capaz de absorver, ainda que não se dê conta, diversos aspectos culturais que o circundam ou que lhe foram impostos.
A antimestiçagem foi por diversas vezes, e ainda é com menos força, a regra de diversos grupos e até mesmo a palavra de ordem de alguns Estados, como na Alemanha Nazista, na Itália fascista no Apharteid sul africano, dentre outros. Até hoje a separação é o sentimento que rege a sociedade, o homem separa desde primórdios da humanidade e rotula tudo o que lhe cerca: o feio e o belo, o racional e o irracional, o educado e o bárbaro, etc. Esse pensamento dualista acabou por criar a idéia de que o diferente deveria ser separado, como os nobres da plebe, os rapazes das donzelas, o homem do que vinha a ser considerado irracional, o ariano do africano, do judeu, do homossexual, do deficiente.
François Laplantine cita ado pela ciência, certo número de «objectos» (o corpo, a sensualidade, no texto “Por um pensamento mestiço”: “Estamos a pagar o preço de cinco séculos de racionalismo cartesiano. Este último, reciclado em positivismo, persistira, em nome da grande partilha dos saberes, em eliminar do campo do conhecimento legitimo amor, a paixão, a morte, as relações do homem com o passado, a magia...).” Esse universalismo abstrato acabou por