Henri Wallon nasceu em Paris, França, em 15 de junho de 1879. Viveu em Paris até a sua morte, em 1962. Foi muito influenciado pelas ideias liberais, republicanas e humanistas de seu avô e seu pai. Interessou-se pela ciência, especialmente pela psicologia. Aos 23 anos formou em filosofia, iniciando sua vida profissional, lecionando Filosofia no Liceu Bar-le-Duc. Desde sua juventude, pleiteava a igualdade e a solidariedade entre os homens. Formou- se em medicina aos 29 anos. De 1914 até 1918, foi mobilizado como médico de batalhão, dedicando ao tratamento dos feridos de guerra, nesta ocasião teve a oportunidade de aprofundar as relações entre as manifestações psíquicas e orgânicas das lesões. A partir do contato com os ex-combatentes elaborou uma revisão de seus estudos. Até 1931, atuou como médico em instituições psiquiatras, onde se dedicou às crianças com deficiências neurológicas e distúrbios de comportamento. Esse seu trabalho leva-o a um interesse cada vez maior pela psicologia da criança, tendo sido responsável, no período de 1920 a 1937, pelas conferências sobre a psicologia da criança, em várias instituições da criança, em várias instituições de ensino superior. Viveu intensamente sua vida, num momento social de muita mudança e contestação. “Henri Wallon viveu num período marcado por muita instabilidade social e turbulência política. Acontecimentos como as duas guerras mundiais (1914 -18 e 1939 – 45), o avanço do fascismo no período entre guerras, as revoluções socialistas e as guerras para a libertação das colônias na África atingiram boa parte da Europa e, em especial, a França”. Durante a ocupação Alemã, de 1940 e 1944, Wallon foi perseguido e acuado, vivendo um tempo na clandestinidade, utilizando um pseudônimo de René Hubert, morando em cômodos insalubres, fugindo do governo fascista de Vichy e pela policia de Hitler. Em 1941 foi proibido de lecionar, mas continuou encontrado com seus discípulos na clandestinidade. Segundo Zazzo (1978) “Walon viveu