Apocalípse Cuiabano

O APOCALIPSE CUIABANO

Este trabalho tem como objetivo fazer um estudo onde se poderá compreender de uma forma geral, parte do texto escrito pela historiadora Luiza Volpato, cujo título é “Apocalipse Cuiabano”, o qual faz parte do livro de mesma autoria, sendo titulado de, “cativos do sertão”. Desta forma, iniciaremos uma pesquisa levando em consideração que será apresentado os principais tópicos do texto já citado. A autora inicia sua escrita já tratando de um período mais precisamente a segunda metade da década de 1860, onde segundo a mesma, em dezembro de 1864 as tropas paraguaias invadiram o sul da província de Mato Grosso, conquistando áreas e bloqueando a navegação do prata, sendo que no ano seguinte, a região de Cuiabá foi praticamente devastada por inundações devido a fortes chuvas, onde perderam se as plantações situadas em rio abaixo. Como se não bastasse, segundo a Luiza Volpato, em 1867 a população cuiabana se viu assolada pela varíola causando muitas mortes e sofrimento. A fome, a guerra, a peste e as intempéries naturais invadiram o cotidiano das pessoas, trazendo muitas dificuldades e ainda a possibilidade de ação para aqueles que se aproveitaram da fragilidade da situação para se enriquecer. É esse o quadro da sociedade cuiabana na década de 1860, o qual, a historiadora o classifica como, “o apocalipse cuiabano”. Com a notícia da invasão paraguaia, o medo da guerra e da morte tomou conta das pessoas em geral, onde aqueles que podiam se preparavam para fugir da região. Em seu texto, a autora não deixa de lembrar que a guerra faz parte do imaginário da população da época, pois devido à posição geográfica, o povoamento mato-grossense sempre esteve responsabilizado pela manutenção da fronteira, e que, interligando esse pensamento bélico com o ocidente, num universo mental, é que está à problemática, pois a guerra significava morte e desgraça, juntando se a ideia de que o inimigo tratava-se de um povo selvagem.