Mercado de trabalho
“Os animais não têm consciência de si e existem apenas como meio para um fim. Esse fim é o Homem.”
Kant
Desenvolveu-se na humanidade uma ideia de espécie superior, sendo o Homem como ser pensante, falante o superior e por esse motivo oprimimos os animais por não pertencerem à mesma espécie. O problema é que eles, como nós, sentem, sofrem e se o nosso sofrimento é digno de consideração moral (Declaração Universal dos Direitos Humanos) por que não o dos animais ser de maneira igual?
Peter Singer, filosofo do século XXI, apresenta uma teoria onde defende que os animais têm, tal como os seres humanos, o direito de não sofrer. Diz que não devemos fazer aos animais aquilo que não queremos que nos façam a nós. Singer defende a igualdade de direito entre humanos e animais e denuncia o especismo – julgamos por os animais não serem humanos são inferiores.
Tom Regan foi igualmente importante neste assunto. Regan diz que temos o dever moral fundamental de tratar com respeito todos os sujeitos-de-uma-vida, independentemente do valor que possamos atribuir a esse ser. Os animais não humanos têm direitos, logo têm de ser respeitados. Regan defende também uma ética inter específica onde se reconheça a pertença de grande parte das espécies animais a uma mesma comunidade moral, ou seja, que existem indivíduos que não são agentes morais pois não cumprem os requisitos, como as crianças e deficientes, são pacientes morais e neste grupo devessem incluir os animais.
Singer e Regan foram dois filósofos importantes neste assunto; não se limitaram a dizer que devíamos ter pena dos animais mas que temos obrigações morais a seu respeito, que temos de ter em conta o conceito de igualdade e que este deve ser aplicado a todos os seres com interesses, que são capazes de experimentar prazer e dor. O sofrimento é condição necessária para ter interesses.
Julgar que a nossa vida e interesses têm maior valor por sermos de raça humana, é moralmente errado, é