memorias de emilia

831 palavras 4 páginas
MEMÓRIAS DE EMÍLIA
NARRADOR: Certo dia Emília resolveu escrever suas Memórias, mas como não gostasse de escrever com a sua mãozinha, queria escrever com a mão do Visconde. Então, no maior assanhamento, correu em busca do Visconde de Sabugosa e pediu-lhe que fosse seu secretário.
Depois de algumas linhas escritas sobre o nascimento da boneca, Quindim a chama para conversar e ela diz ao Visconde:
EMÍLIA: Escute, Visconde, tenho coisas muito importantes a conversar com Quindim. Fique escrevendo. Vá escrevendo. Faça de conta que estou ditando. Conte as coisas que aconteceram no sítio e ainda não estão nos livros.
NARRADOR: Disse e saiu correndo. O Visconde ficou de pena no papel, a pensar, a pensar. Por fim, revoltado contra as exigências de Emília, súbito, riu-se.
VISCONDE: Vou pregar-lhe uma peça. Vou escrever uma coisa e quando ela voltar e me mandar ler, eu pulo o pedaço ou leio outra. É isso...
NARRADOR: E pôs-se a escrever contra a boneca, assim:
VISCONDE: Emília é uma tirana sem coração. Não tem dó de nada. Quando tia Nastácia vai matar um frango, todos correm de perto e tapam os ouvidos. Emília, não. Emília vai assistir. Dá opiniões, acha que o frango não ficou bem matado, manda que tia Nastácia o mate novamente – e outras coisas assim.
Também é a criatura mais interesseira do mundo. Só pensa em si, na vidinha dela, nos brinquedos dela. Por isso mesmo está ficando a pessoa mais rica da casa.
Uma vez quebrou de propósito uma linda xícara verde de Dona Benta só para completar a sua coleção de caquinhos – porque estava faltando um caquinho verde.
Tem coleção de fios de cabelo, que ela enrola um por um como cordinhas. Cabelos de Dona Benta, de Narizinho e Pedrinho, do Capitão Gancho, do Popeye. Na sua coleção, diz ela, só falta uma coisa: fio de cabelo dum homem totalmente careca.
Aqui no sítio quem manda é ela. Por mais que os meninos façam, no fim quem consegue o que quer é a Emília com os seus famosos jeitinhos.
Certa vez...
NARRADOR: Emília entrou

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