Nenhum
Tia Nastácia: Estou preparando alguns bolinhos de chuva.
Narizinho: vovó. Queria tanto que a Emília falasse como nós, para ter com quem conversar.
Dona Benta: hahaha, ela é apenas uma boneca, não tem como falar.
Narizinho: Tem sim, quando eu fui lá ao Reino das Águas Claras, o Doutor Caramujo me deu uma de suas pílulas, para que eu desse a Emília e ela começasse a falar .
Tia Nastácia: onde já se viu boneca falar, caramujo ser doutor, isso é coisa da sua imaginação.
(Dona Benta e Tia Nastácia saem rindo)
(Narizinho dá a pílula a boneca Emília, que está dentro de uma caixa, e senta-se no chão ao lado da caixa, música pirlimpimpim só as primeiras estrofes).
(Emília aos poucos vai saindo da caixa)
Emília:(tosse) Eca, que gosto horrível de sapo na minha boca, eu estava estilafada para narar, quero dizer eu estava desesperada para falar.
Narizinho: Vovó, Tia Nastácia, venham até aqui, rápido!
(Narizinho dá um leve tapinha nas costas da Emília)
Narizinho: fala Emília, fala.
Emília: Eca eu estou com um gosto horrível de sapo na minha boca!
Narizinho: uhuuul! Viu vovó, como minha boneca pode falar!
Tia Nastácia: ooh meu são jorge, e eu vou terminar meus bolinhos de chuva.
Dona Benta: Essa minha neta tem cada ideia. Deixa eu continuar a ler meu livro de memórias.
Emília: Mas que caras são essas? Quem são todos vocês? Pra que tanta gente? Tem festa aqui hoje é? E vocês? Sabem por que elas estão com essas caras de corujas secas? Quem são vocês? (visconde entra, olhando pro visconde Emília continua perguntando) Qual o seu nome? E a sua idade? Você estuda? Tem que estudar para não ficar tão inteligente quanto eu.
Visconde: Algum tempo depois... No sítio do pica-pau-amarelo tudo é possível, a fantasia se mistura a realidade, assim nos fazendo sonhar. São muitas aventuras...
(Visconde sai e Emília entra correndo)
(Dona Benta está sentada lendo)
Emília: