memorial de aires
Machado de Assis, autor de Memorial de Aires, é tido como o introdutor do Realismo no Brasil quando publica Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1881, romance que é colocado ao lado dos posteriores: Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires.
Preocupado com a crítica social Machado de Assis não poupou farpas à sociedade burguesa do Rio de Janeiro, do século XIX. O autor sofreu grande influência do niilismo de Schopenhauer, isto é, a negação de tudo ou redução das coisas ao nada. Desse modo, temos personagens machadianos tão pessimistas.
Antes de falarmos sobre a obra é importante saber que na época do escritor muitos leitores pensavam que suas obras eram autobiográficas. Para findar logo com essa dúvida, Machado de Assis, publicou Memorial de Aires, obra de caráter autobiográfico, no ano de sua morte. Então, as personagens Aguiar e d. Carmo seriam Machado e Carolina (sua esposa), o autor escolhe o Conselheiro Aires, que já havia aparecido em Esaú e Jacó, como única personagem consciente e equilibrada de sua vasta galeria de aclamados personagens.
A OBRA
Capa do livro Memorial de AiresFoco narrativo
A obra é narrada pelo Conselheiro Aires, que usa tanto a 1ª quanto a 3ª pessoa. Sendo que a 1ª pessoa caracteriza a autobiografia e a 3ª pessoa as biografias.
Tempo
Conselheiros Aires narra acontecimentos que começam em janeiro de 1888 – ano da abolição da escravatura –, aniversário de um ano de sua aposentadoria, findando no começo de setembro do ano seguinte.
Resumo do livro
Memorial de Aires foi escrito em formato de diário, mesma forma de construção de Memórias póstumas de Brás Cubas, então é um texto fragmentado e sem linearidade. Machado de Assis o escreveu de janeiro de 1888 a setembro de 1889, sendo este o último romance dele, que se difere dos demais de sua fase realista.
Marcondes de Aires, aposentado após mais de trinta anos sendo diplomata no exterior, viúvo e solitário, resolve