Resumo do livro "Memorial de Aires"
No plano da ficção, o conselheiro Aires, que já fora o narrador de Esaú e Jacó(Outro romance Machadista), tinha redigido um memorial, sob a forma de diário, abrangendo os anos de 1888 e 1889. Diplomata aposentado, viúvo sem filhos, tinha se aposentado e retornado ao Brasil. Agora, em 1908, seu diário íntimo vinha a luz, sob o título de Memorial de Aires. O diário começa em 9 de janeiro de 1888, dia em que completava um ano à volta do sexagenário ao Rio de Janeiro, depois de passar boa parte de sua vida em serviços diplomáticos pelo mundo.
Acompanhado da irmã Rita, Aires vai ao cemitério para visitar o túmulo da família e dar graças pelo regresso. Os irmãos conversam sobre a morte das pessoas que amam: o marido de Rita e a mulher do conselheiro, que está enterrada na Europa. Vêem, então, Fidélia, jovem viúva que Aires já a avistara em encontro social. Encantado com a beleza da moça, Aires a observa a rezar em frente ao túmulo do marido.
Embora narrado por Aires, o núcleo do relato é a história de Aguiar e Dona Carmo, um casal de velhos unidos por intenso amor e longa amizade e cuja única tristeza era a de não ter tido filhos. O amparo de ambos fora a princípio Tristão, um menino que eles praticamente haviam criado porque os pais legítimos viajavam muito. No entanto, Tristão seguira para Portugal a fim de estudar Medicina e nunca mais voltara. A segunda “adoção” do casal fora a jovem e bela viúva Fidélia