Memorial de Aires
Aires
Machado de Assis
Introdução
Memorial de Aires é o seu último romance. É o que define melhor a norma culta literária brasileira. A história é narrada em primeira pessoa, em forma de diário, por um diplomata aposentado, chamado Aires.
Tempo
Conselheiros Aires narra acontecimentos que começam em janeiro de 1888, ano da abolição da escravatura, aniversário de um ano de sua aposentadoria, findando no começo de setembro do ano seguinte.
Resumo do livro
Memorial de Aires foi escrito em formato de diário, mesma forma de construção de Memórias póstumas de
Brás Cubas, então é um texto fragmentado e sem linearidade. Machado de Assis o escreveu de janeiro de
1888 a setembro de 1889, sendo este o último romance dele, que se difere dos demais de sua fase realista.
Marcondes de Aires, aposentado após mais de trinta anos sendo diplomata no exterior, viúvo e solitário, resolve escrever sobre si, sobre o casal Aguiar e sobre os “filhos postiços” deste, Tristão e Fidélia, como meio de distração da tediosa velhice.
Quando escreve seu diário, Conselheiro Aires parece construir sua autobiografia através da vida dos personagens que ele observa e descreve, pois assim, ele analisa sua própria existência, claro que intrínseca de uma requintada ironia.
Aguiar e d. Carmo estão casados há 25 anos, tem um casamento estável e feliz, mas sofrem com a ausência dos filhos. A mulher era a que mais sentia essa falta e para aliviar um pouco essa dor transferiu seu amor de mãe para seu afilhado Tristão e para a jovem viúva Fidélia, a qual chamava de “minha filha”.
Conselheiro Aires escreve seu diário para fugir do ócio da velhice. Ao conhecer Fidélia, coloca-se desafiado a conquistá-la, então aposta com a mana Rita que tinha certeza absoluta que a viúva jamais se casaria de novo.
Tristão deixa os pais “postiços” para acompanhar seus pais em uma viagem à Europa. Acaba ficando por lá e formando-se em medicina. Ele às vezes envia cartas até que não mais. A