Resumo Ejaú e Jacó - Machado de Assis

6116 palavras 25 páginas
Resumo e análise da obra:
Esaú e Jacó – Machado de Assis
INTRODUÇÃO
No seu penúltimo romance, Machado de Assis inventa uma nova forma de narrar e apresenta uma alegoria das disputas políticas brasileiras do seu tempo através da história de dois gêmeos irreconciliáveis.

DO ROMANTISMO AO REALISMO
A obra de Machado de Assis pode ser dividida em duas fases. A primeira compreende as obras da juventude, com forte influência do Romantismo, como os romances Ressurreição (1872), A Mão e A Luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia
(1878). O seu estilo apresenta um progressivo amadurecimento, até chegar ao
Realismo de suas obras posteriores. Entre estas, destacam-se os cinco romances do período: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom
Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908).
Os dois últimos romances do autor de Dom Casmurro não têm a reputação crítica das suas três obras-primas iniciais do Realismo. No entanto, em Esaú e Jacó e
Memorial de Aires, Machado de Assis atinge o ápice de sua preocupação com climas, ambientes, situações existenciais sutis e delicadas. “— E andam críticos a contender sobre romantismos e naturalismos!” Exclama Aires em seu Memorial. Alheios a toda essa contenda, os narradores dos romances, como Machado de Assis, seguem interessados em investigar a fundo o caráter e a psicologia complexa das personagens.

ROMANCES INTERLIGADOS
Ao escrever Quincas Borba (1891), Machado de Assis reutilizou um personagem já falecido no seu romance anterior, Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), o filósofo enlouquecido Quincas Borba. Assim, os romances se interligam não exatamente através da personagem, mas através da Teoria do Humanitismo que o filósofo transmite a Rubião, o protagonista do romance.
Também Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908) se encontram interligados.
Une-os a figura sábia e diplomática do conselheiro José da Costa Marcondes Aires, fino observador das

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