Mem Ria E Identidade Social
Mas Maurice Halbwachs, nos anos 20-30, já havia sublinhado que a memória deve ser entendida também, ou sobretudo, como um fenômeno coletivo e social, ou seja, como um fenômeno construído coletivamente e submetido a flutuações, transformações, mudanças constantes. Elementos constitutivos da memória individual e coletiva: acontecimentos vividos pessoalmente, acontecimentos vividos pelo grupo ou pela coletividade à qual a pessoa se sente pertencer. Pode ocorrer acontecimentos fora da linha espaço-tempo do indivíduo onde o mesmo se identifica tão fortemente que podemos falar de uma memória quase herdada.
Assim como pode ocorrer com personagens fora do espaço-tempo da pessoa, onde a mesma sente quase que conhecida, como personagens históricos.
Ainda existem memórias relacionadas a lugares, onde o indivíduo o liga a lembranças não necessariamente relacionadas a memória cronológica, ou a acontecimentos do grupo a qual ela se sente parte, como monumentos.
Existem memórias não relacionadas ao tempo-espaço do indivíduo, mas vindas de família, como exemplo dos imigrantes que seus descendentes mesmo não conhecendo a terra natal de seus ancestrais ainda tem ligações com elas.
Também temos a projeção de outros eventos, onde um evento se mistura a outro tornando na memória um só , como exemplo da 1GM, onde para alguns países foi a mais devastadora, que o número de mortos da 2GM foi anexado a primeira.
Os vestígios datados da memória são um problema pela relação onde o indivíduo faz com determinado acontecimento. Algumas pessoas assimilam com acontecimentos pessoais, como nascimento de filhos, familiares e outros, e não havia precisão em ralação aos acontecimentos públicos. Assim como a data de alguns acontecimentos públicos é transferida para uma mais forte na memória da população, sendo esse motivo fundado pelo sentimento relacionado ao acontecimento, muito trágico ou muito alegre.
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