mediação escolar
1 INTRODUÇÃO
Historicamente, a comunidade escolar era composta por uma pequena parcela da população, geralmente por indivíduos semelhantes quanto as suas origens sócio-culturais e poder aquisitivo. Porém, tal cenário sofreu profundas alterações a partir dos anos 90 quando em virtude do aumento da população e do acesso facilitado a educação, a escola passou a receber alunos de diferentes culturas, costumes, origens e classes sociais, dando origem aos mais diversos conflitos.
Paralelamente, neste mesmo período, a sociedade capitalista focada exclusivamente no lucro promoveu o consumismo e a competividade desenfreada entre as pessoas. Tal caraterística social adentrou no ambiente escolar por meio de seus próprios personagens, tais como professores, alunos e funcionários e contribui de forma significativa no aumento dos conflitos e da violência escolar.
Assim, o aumento e a diversificação da violência escolar deve ser analisado a partir do contexto sócio – político – cultural de cada instituição, sem desconsiderar a influência da visão economista inerente desta sociedade capitalista e da concepção de homem e de mundo que tais políticas geram na comunidade escolar.
Atualmente, a violência nas escolas é o principal desafio enfrentado pelo Sistema Educacional Brasileiro, pois, o clima das escolas está cada vez mais deteriorado, posto que é crescente o desinteresse dos alunos pelos conteúdos escolares, o descomprometimento dos professores com a aprendizagem, e consequentemente, as manifestações de violência nas escolas. Estes problemas enfrentados pelas escolas brasileiras apresenta-se como um obstáculo para a melhoria na qualidade da educação básica do Brasil, qualidade esta que visa garantir uma aprendizagem significativa, crítica e reflexiva, capaz de garantir a cada sujeito as condições para que se torne o protagonista de sua própria história.
Diante de tal contexto é necessário que cada