Mediacao
Em traços gerais, a mediação é uma forma de comunicação entre os seres humanos tão antiga como a existência do Homem na Terra.
Se nos focalizarmos na Europa podemos confirmar também que ao longo da História dos povos Europeus foi possível estabelecer contactos directos e regulares entre os vários países europeus e outros países extra europeus, onde foi possível verificar no tempo o estabelecimento de constantes fronteiras em vários aspectos, tais como: as línguas, costumes, crenças, ideias, formas de comportamento, onde se destaca a importância dos mediadores tão necessários para a compreensão e respeito dos povos. Estes mediadores voluntários que surgiam e surgem como forma moral muitas vezes de estabelecer ligações entre os povos, surtem como forma de permitirem a transferência de um universo não só intelectual como também material e mesmo religioso, sempre respeitando, compreendendo e fazer compreender a diversidade cultural que os rodeava. Saindo das margens da Europa, temos excelentes exemplos de mediação como os pombeiros2 que mais não eram duque intermediários nos mercados de escravos. Eram reconhecidos como mediadores de eficácia comercial, porém eram também apontados como sujeitos de discriminação devido à aculturação e pelo facto de provocarem condições sociais marginais.
Se fizermos uma análise à situação social actual dos mestiços em África, encontramos uma predisposição natural desses povos para a mediação cultural entre a sua cultura e a dos países Ocidentais, demarcado desde os tempos do mercantilismo até aos dias de hoje.
Na actualidade, a mediação não só é necessária e urgente de ser uma prática de facilitação na comunicação entre culturas diferentes, como entre culturas iguais.
Nos anos 90, com a adesão de Portugal à União Europeia, permitiu um maior intercâmbio de populações entre os vários países