Materia de tga
Para haver um ato comunicativo, é preciso que haja seis fatores: o enunciador, emissor ou produtor (falante ou escritor); um enunciatário ou receptor (ouvinte ou leitor); a mensagem (elemento material, por exemplo, um conjunto de sons, que veicula um conjunto de informações); o código (sistema linguístico, por exemplo, uma língua, ou seja, conjunto de regras que permite produzir uma mensagem); o canal (conjunto de meios sensoriais ou materiais pelos quais a mensagem é transmitida, por exemplo, o canal auditivo, o telefone) e o referente (situação a que a mensagem remete). Para que o ato comunicativo se efetive a comunicação não deve ser só recebida, mas assumida. Todo texto tem uma intenção comunicativa. O texto, seja oral ou escrito, é o meio pelo qual a língua funciona. Compreendê-lo é, pois, não somente tarefa do profissional da área de linguagem, mas de todo aquele que necessita da comunicação para se expressar profissionalmente. Nós já conhecemos a língua portuguesa, o importante é agora sermos capazes de interagir com variedades distintas da língua, incluindo a norma culta, que é aquela usada na redação administrativa. As pessoas não dizem umas às outras palavras soltas nem frases isoladas. O fato de escrevermos palavras existentes na língua não garante a produção de um texto. Vejamos o exemplo: Hoje saí, quis sair porque banana é amarga e o Bush viajou porque meu filho chorou bastante amanhã. Saí, mas voltei cedo. Contudo, eu não tenho nada com a situação do futebol brasileiro e às vezes minha irmã canta muito bem. As palavras utilizadas no fragmento acima existem no português, as orações até apresentam uma construção sintática: sujeito, verbo e complemento (ex.: banana é amarga), o sujeito concorda com o verbo (ex.: Bush viajou). Então, por que essa reunião de palavras não pode ser considerada um texto? Porque não forma uma “unidade de sentido” e não preenche uma “função comunicativa”. O texto é, portanto, incoerente,