Massacre de srebrenica
1- Guerra da Bósnia
A Guerra na ex-Iugoslávia tem origem em conflitos que remontam a séculos. Após a Segunda Guerra o líder da resistência der da resistência ao nazismo, General Tito, manteve a união nacional. Com sua morte, em 1980, as rivalidades ressurgiram. Em 1987 a guerra voltou e a ONU mostrou muita indecisão. Estruturada na divisão capitalismo x comunismo, não se adaptou à um conflito que envolve parâmetros não ideológicos, mas culturais e religiosos. Na Europa pós-Guerra Fria potências antes aliadas estão agora em campos diferentes e estrategistas temem que a divisão do poder mundial não se dê mais no âmbito da ideologia, mas no das diferenças culturais. Esta guerra aponta para isso de forma preocupante.
Há na ex-Iugoslávia três grupos oponentes: os sérvios, católicos ortodoxos, os croatas e eslovenos, católicos romanos, e os bósnios, muçulmanos. A razão do conflito está na tentativa de cada um em criar seu próprio estado independente e etnicamente homogêneo. Para isso, tentam à força estabelecer seu território e, na medida do possível, expulsar ou até eliminar as minorias de outras religiões que alí se encontram, através da chamada “limpeza étnica”. Com a desintegração do leste europeu, o líder sérvio Slobodan Milosevic passa a controlar a antiga Iugoslávia. Forma ao sul do país a atual República Iugoslava, que engloba Sérvia e Montenegro, e alimenta o sonho de formar, com os sérvios do resto do território, a “Grande Sérvia”. Mas em 1991 Croácia e Eslovênia, no norte do país, também proclamam-se independentes. Sérvios residentes na Croácia não aceitam a divisão e, apoiados por Milosevic, tomam as armas. Seguem-se sete meses de guerra, em que muitos deles são obrigados a emigrar para Sérvia e Montenegro. Mas alguns resistem e proclamam a República Sérvia da Krajina, uma ilha em território croata, enquanto Milosevic invade a Eslovênia. A ONU impõe então uma moratória de armas de três meses, forçando a retirada