marketing político
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
FUNDAMENTOS POLÍTICOS E CONSTITUCIONAIS DA ATIVIDADE POLICIAL
Maria Terezinha Sacramento
O PAPEL DA POLÍCIA NA PÓS-MODERNIDADE
OFICIAIS ALUNOS:
Cap PMSC Wallace Carpes
Cap PMSC Jacques Eduardo Nunes
Cap PMSC Sinval Santos da Silveira Júnior
Florianópolis, 2010
1 INTRODUÇÃO
Boa parte da população identifica a polícia como um órgão do estado que deveria estar ao lado do povo e não está. Tal constatação ocorre em razão de que as pessoas enxergam de um lado todo o aparato de leis e regulamentos e do outro uma polícia que sempre encontra uma maneira de importuná-la. Uma das razões dessa visão distorcida é a descrença nas próprias instituições sociais e a falta de percepção de que, embora não palatáveis, a garantia da ordem social e a situação de normalidade social, na maioria das vezes existem de fato e são devidamente mantidas por esta mesma polícia.
Embora os autores considerem que uma das tarefas básicas da polícia é a vigilância, importante para a manutenção de um relativo ordenamento social, muitos acreditam ser possível uma sociedade utópica, livre desta instituição que fiscaliza e vela o cumprimento da lei para o estabelecimento de certa ordem social. Para agravar esta visão, em muitas ocasiões a polícia realiza o contato com o cidadão muito antes que as demais instâncias do Estado, exercendo um poder o qual a sociedade não mais legitima por também não legitimar o próprio Estado. É materialização da sensação de declínio do Estado no período pós-moderno.
Se, por um lado a atividade de polícia não é confortável ao vigiado, por outro, este mundo utópico, onde não haveria este estado de vigilância permanente, direcionaria o comportamento das pessoas mais para um estado de natureza, como afirma Thomas Hobbes, do que para uma situação de harmonia social.
Isto decorre porque, ao contrário das