Marketing Classe Baixa
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS
Álan Corrêa de Ávila
MARKETING VOLTADO ÀS CLASSES MAIS BAIXAS
PELOTAS/RS, 2015
Para o início da dissertação, deixo clara minha visão pessoal de que apesar de ainda relevante, o artigo de Castilhos (2007) está naturalmente desatualizado ao considerar pessoas pobres como aquelas que recebiam entre 1 e 4 salários mínimos (R$500,00 e R$2000,00). De acordo com a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE)¹, com os valores de inflação atualizados, essa classe é atualmente considerada média (renda per capta entre R$ 291 e R$ 1.019) e representa o maior e mais importante grupo de consumidores do país (52,8% da população brasileira), também é necessário afirmar que a maior estabilidade financeira possibilitada pela ascendência desse público à classe média-baixa e clara diferenciação de pessoas em situação real de pobreza (renda per capta menor que R$291,00), outrora pobres-pobres, os faz comprar cada vez menos pela competitividade para com o vizinho (ainda há uma necessidade de diferenciação “intra-classes”, mas com menor intensidade do que há uma década).
O marketing voltado de forma explícita para classes mais baixas está em um processo lento de extinção, anúncios televisivos incessantes, que tentavam transformar o seu produto em uma necessidade para o cliente, como acontecia até 5 anos atrás, já não são mais eficazes, uma boa parte das pessoas que antigamente eram consideradas pobres, já se moveram para uma classe social superior (classe média-baixa), o poder aquisitivo da população aumentou junto ao salário mínimo, acesso à bens que antes eram tidos como aquisições inviáveis, hoje devido à globalização, facilidades de pagamento, diminuição na taxa de juros, estabilização da moeda, etc., tornaram sua aquisição viável, e consequentemente aumentaram, ou possibilitaram, o acesso desses consumidores à informação (primeiro princípio do novo marketing de Kotler).