Manuel Milho
No romance seguinte, Memorial do convento, José Saramago volta a apresentar um contador de histórias, Manuel Milho, trabalhador na construção do Convento de Mafra e amigo de Baltasar Sete-Sóis, um dos protagonistas da narrativa. Em volta de uma fogueira, antes de dormir, sentavam-se os amigos para ouvir a história contada por Manuel Milho por etapas, deixando o melhor da história sempre para o dia seguinte, acirrando, assim, a curiosidade dos ouvintes que resistiam contra a postergação do fim da narrativa: "... O José Pequeno protestou, Nunca se ouviu história assim, em bocadinhos, e Manuel Milho emendou, Cada dia é um bocado de história, ninguém a pode contar toda... (Memorial do convento: 253). A história de Manuel Milho acaba com uma lição moral que ensina aos ouvintes o exemplo daqueles que perseguiram tenazmente as suas vontades.
No romance seguinte, Memorial do convento, José Saramago volta a apresentar um contador de histórias, Manuel Milho, trabalhador na construção do Convento de Mafra e amigo de Baltasar Sete-Sóis, um dos protagonistas da narrativa. Em volta de uma fogueira, antes de dormir,