Manual acompanhamento do idoso
A população idosa está a aumentar progressivamente como consequência do aumento da esperança de vida. Por sua vez, com o aumento da esperança de vida, o desejo de manter uma boa saúde, funcionalidade e qualidade de vida em idades avançadas tornou-se uma prioridade para as pessoas mais velhas. Ainda que a genética seja um determinante fundamental desta expectativa, existem diversos factores externos directamente implicados na qualidade de vida do idoso, entre os quais se destaca a alimentação. A dieta e o estado nutricional têm grande influência, particularmente na prevenção e/ou tratamento de diferentes patologias que afectam os idosos, que juntamente com as crianças, constituem grupos especialmente vulneráveis do ponto de vista nutricional. De facto, nos países desenvolvidos, os idosos são o segmento da população com maior prevalência de desnutrição, que pode dever-se tanto às mudanças fisiológicas causadas pelo envelhecimento, como às dificuldades socioeconómicas que rodeiam muitos idosos. É sabido que a desnutrição relaciona-se com um aumento da morbilidade e da mortalidade, sobretudo nas extremidades da vida humana. Por isso, a manutenção de um adequado estado nutritivo nos idosos é um objectivo primordial na vigilância sócio sanitária desta população, e imprescindível para conseguir uma melhor qualidade de vida e uma maior longevidade.
Nutrição: Conceitos Gerais
1. Introdução à nutrição Alcançar e manter um óptimo estado de saúde a nível individual e colectivo é o primeiro objectivo de qualquer iniciativa sócio sanitária. O nível de saúde está condicionado por factores genéticos e ambientais, onde a variável mais importante é a alimentação. Uma alimentação adequada deve satisfazer diariamente todas as necessidades nutricionais e incorporar valores culturais, gastronómicos e de satisfação pessoal. Na sociedade actual os desajustes alimentares são a principal causa do desenvolvimento precoce da maior parte das doenças crónicas