Ludicidade do TGD
“O jogo é uma brincadeira que evoluiu. A brincadeira é o que será do jogo, é sua antecipação, é sua condição primordial.” (Lino de Macedo)
INTRODUÇÃO
As pessoas com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) foram oficialmente reconhecidas como beneficiários da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, pelas Nações Unidas, no dia 2 de abril de 2010. No entanto, a circulação dessas pessoas pelos espaços sociais ainda suscita estranhamento, devido aos comportamentos diferenciados que apresentam.
Na escola, diante das especificidades dos alunos com TGD, muitos educadores se perguntam sobre como lidar com essas crianças, como estas aprendem, e como ensiná-las. A proposta de se trabalhar com o lúdico vem justamente ao encontro dessas indagações, não para se colocar como resposta, mas para se tornar parte imprescindível de um fazer pedagógico criativo que leve em conta às singularidades dos alunos. A criança, em geral, possui uma forte e notável tendência de se envolver em jogos de grupo, pois estes constituem atividade humana espontânea e satisfatória. Além disso, as situações de jogo favorecem o desenvolvimento da lógica na criança, pois como requer interação social para sua ocorrência permite a criança sentir necessidade de ser coerente para interagir com os outros. (KAMII & DEVRIES, 1991). (RICCETTI, 2001) e (MACEDO, 2000) argumentam que o jogo é de grande importância para a socialização da criança, pois ao ser norteado por regras, auxilia na regulação das relações presentes entre as crianças. Estes autores discorrem ainda, que através dessa socialização propiciada pelos jogos, a criança pode construir seus conhecimentos, descobrindo e aprendendo com o outro. Ao jogar, a criança cria e passa a lidar com normas que norteiam as suas brincadeiras individuais e