Lucio Costa, Niemeyer e o plano piloto
O Modernismo foi um movimento artístico e cultural, teve seu inicio na Europa e começou a se difundir no Brasil a partir da primeira década do século XX, através de manifestos de vanguarda, principalmente em São Paulo, e da Semana da Arte Moderna, realizada em 1922. O movimento deu início a uma nova fase estética na qual ocorreu a integração de tendências que já vinham surgindo, fundamentadas na valorização da realidade nacional, abandonando as tradições que vinham sendo seguidas, tanto na literatura quanto nas artes. Apesar da grande repercussão que a arquitetura e Arte Moderna obtiveram, vale ressaltar que o Movimento Moderno não se limitou a essas duas áreas. Foi um movimento cultural global que envolvia vários aspectos, entre eles sociais, tecnológicos, econômicos e artísticos.
No Brasil, as primeiras obras Modernistas surgem quando apenas se iniciava o processo de industrialização. Segundo Lúcio Costa, o Modernismo brasileiro justifica-se como estilo, afirmando a identidade de nossa cultura e representando o “espírito da época”. .
Os arquitetos Modernistas buscavam o racionalismo e funcionalismo em seus projetos, sendo que as obras deste estilo apresentavam como características comuns formas geométricas definidas, sem ornamentos; separação entre estrutura e vedação; uso de pilotis a fim de liberar o espaço sob o edifício; panos de vidro contínuos nas fachadas ao invés de janelas tradicionais; integração da arquitetura com o entorno pelo paisagismo, e com as outras artes plásticas através do emprego de painéis de azulejo decorados, murais e esculturas.
Falar em arquitetura moderna brasileira sem citar a cidade de Brasília é um lapso imperdoável. A cidade é a síntese de tal movimento e em sua concepção se encontram todos os princípios que norteiam os ideais de uma cidade moderna. Não somente na arquitetura de seus edifícios, mas também em sua organização espacial. Desde 1987 a cidade tornou-se Patrimônio Histórico