Lucio Costa
Filho do engenheiro naval baiano Joaquim Ribeiro da Costa e da amazonense Alina Ferreira, Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro Lima Costa nasceu em Toulon, na França, no dia 27 de fevereiro de 1902. Devido às atividades oficiais de seu pai, que era almirante, morou em diversos países, entre os quais Inglaterra e Suíça. Retornou ao Brasil em 1917 e, no ano seguinte, foi matriculado por seu pai na Escola Nacional de Belas Artes.
O curso de arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes ainda aplicava um programa neoclássico de ensino. Lúcio Costa praticou, então, a arquitetura neoclássica durante seus primeiros anos de trabalho, defendendo, em certos momentos, uma arquitetura neocolonial. A partir da influência de Le Corbusier, Lúcio Costa rompeu com esse estilo. Fez também parceria com o arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik, que construiu a primeira residência considerada moderna no Brasil.
Em 1930, nomeado ministro da Educação e Saúde o jurista Francisco Campos, chamou para seu chefe de gabinete Rodrigo Melo Franco de Andrade de grande influência entre os modernistas de São Paulo e Rio de Janeiro. Por indicação deste, foi nomeado para dirigir a Escola Nacional de Belas Artes, o jovem arquiteto Lúcio Costa, com a missão de renovar o ensino das artes plásticas e implantar um curso de arquitetura moderna.
Entre os alunos da renovada escola de arquitetura estava o jovem Oscar Niemeyer.
Sabendo da importância de sua geração na mudança dos rumos culturais do país, Costa convenceu Le Corbusier a vir ao Brasil em 1936 para uma série de conferências (enquanto colaborava no projeto da sede do recém-criado Ministério da Educação e da Saúde Pública). A arquitetura moderna do projeto ia ao encontro dos objetivos da ditadura Vargas, ao passar ares de modernidade e progresso ao país. Costa, embora convidado a projetar o edifício sozinho, preferiu dividir o projeto com uma equipe que incluía o seu antigo aluno Oscar