Plano Piloto
Tanto nas construções previstas no plano piloto quanto nos novos prédios em andamento, a preocupação arquitetônica com as obras é explícita e fundamental. Isso pode ser exemplificado por prédios como o Palácio do Itamaraty ou os anexos do Congresso Nacional que podem parecer bem simples, mas acabam por se mostrar encantadores, sobretudo se vistos de perto. A construção de Brasília obedece aos preceitos da famosa Carta de Atenas, documento redigido pelo arquiteto franco-suíço Le Corbusier na ocasião do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, em 1933. O documento preconiza o zoneamento seletivo, com uma divisão de áreas segundo quatro funções: habitar, trabalhar, circular e recrear. A área para os prédios do governo não se misturaria, assim, com as áreas de habitação. Foram estes os princípios que orientaram o projeto urbanístico criado por Lúcio Costa para a capital do Brasil. O concurso Inicialmente, JK convidou Oscar Niemeyer para projetar a cidade de Brasília. Porém, este respondeu que achava que deveria haver um concurso público para tal fim e que ele toparia participar da comissão julgadora e também projetar os edifícios da nova capital. Então, no dia 19 de setembro de 1956 foi lançado o edital para o concurso do plano piloto, que estabelecia o prêmio de um milhão de Cruzeiros para o autor do projeto vencedor. O número de escritórios que se inscreveram foi 62, mas apenas 26 equipes entregaram a sua proposta final. Lúcio Costa foi o vencedor, não pelo seu detalhamento, que era pobre perto de outros concorrentes, que apresentaram maquetes, croquis e estatísticas, mas pela concepção urbanística e pela fantástica descrição de seu estudo. O memorial de justificativa do projeto é considerado um dos mais belos textos da língua portuguesa, induzindo o leitor a acreditar que a solução só