Crata de Atenas
Ao comparar o princípio -Patrimônio Histórico- abordado na Carta de Atenas, com o Memorial do Plano Piloto de Brasília, é notável a diferença de aspecto de um para o outro; uma vez que Brasília é a única cidade que traduz o movimento moderno, uma cidade planejada já na Carta de Atenas vê-se o seguinte: “A vida de uma cidade é um acontecimento contínuo, que se manifesta ao longo dos séculos por obras materiais traçados ou construções que lhe conferem sua personalidade própria e dos quais emana pouco a pouco a sua alma.” (Carta de Atenas – Patrimônio Histórico). Brasília não é uma cidade que se construiu ao longo dos séculos, ela não representa um pouco de cada época, de cada povo ou de cada geração, ela representa o movimento moderno. Suas obras monumentais foram resultantes da arquitetura de Oscar Niemeyer, um arquiteto modernista, que refletiu tal movimento em suas obras: A Carta de Atenas é o manifesto datado de 1933, redigido e assinado por grandes arquitetos e urbanistas internacionais do início do século XX. Resultou do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM) e foi realizado em Atenas, na Grécia, em outubro 1933.
A Carta, que trata da chamada Cidade Funcional, prega a separação das áreas residenciais, de lazer e de trabalho, e propõe substituir as áreas de adensamento tradicionais pela Cidade Jardim, na qual os edifícios se localizam em áreas verdes pouco densas.
As características apontadas na Carta influenciaram o desenvolvimento de cidades européias pós Segunda Guerra Mundial e a criação do Plano Piloto de Brasília por Lúcio Costa.
Se o Rio de Janeiro é a cidade maravilhosa por suas belezas naturais, Brasília, que também tem beleza natural, é a cidade maravilhosa por suas belezas artificiais.
Tanto nas construções previstas no plano piloto quanto nos novos prédios em andamento, a preocupação arquitetônica com as obras é explícita e fundamental. Isso pode ser