logistica reversa
Processo que obriga as empresas a recolherem e destinarem o produto de forma ambientalmente segura poderia solucionar a poluição dos oceanos por PET por Marcela Puccia Braz
Design Pics fabricante de pneus
Através de parcerias com prefeituras, os fabricantes de pneus recolhem diariamente 1000 toneladas de pneus por dia, correspondentes a 200.000 unidades
Já faz quase 12 anos que as embalagens de agrotóxicos fabricadas no país são recolhidas e reutilizadas de forma segura, sem agredir o meio ambiente. O mesmo acontece, desde 1999, com a produção de pneus do país. Por que os materiais plásticos não poderiam ter o mesmo destino?
A suspensão da distribuição de sacolas plásticas por 4 mil mercados paulistanos é uma das respostas atuais à preocupação com a poluição do meio ambiente. A medida não é suficiente para solucionar o problema, mas ele não é impossível de ser resolvido: os casos da indústria de pneus e dos fabricantes de embalagens para agrotóxicos têm sido bem sucedidos e podem servir de exemplo de como evitar o PET de poluir os oceanos.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada em agosto de 2010, segue essa linha. Um de seus pilares é a logística reversa, processo que retorna aos geradores seus produtos para que eles sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos. Até agosto deste ano, os municípios devem apresentar planos de gestão integrada de resíduos sólidos.
Embalagens de agrotóxicos
Os casos não são novos. A indústria agrícola se organizou voluntariamente oito anos antes da criação da lei que exige e regulamenta o recolhimento e a destinação final das embalagens de pesticidas de forma ambientalmente segura (processo também chamado de gestão pós-consumo). Antes da criação do projeto piloto em 1992, 70% das embalagens eram queimadas e o restante era disposto sem cuidado ambiental nas propriedades agrícolas.
A Lei 9.974/00, promulgada em 2000 e regulamentada