LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O livro de Daniel é um tratado de Escatologia histórica e profética. Nele encontramos diversas profecias acerca do “tempo do fim” (Dn 8.17,19; 11.6,13,27,35,40; 12.4,9). No capítulo 2 a Pérsia e a Grécia são simbolizadas pelos braços de prata e ventre de cobre; no capítulo 7 elas são simbolizadas por um urso com três costelas em sua boca e um leopardo com quatro asas e quatro cabeças; já no capítulo 8, ele descreve uma visão de um carneiro e um bode, que representam também essas duas potências. Nesta visão, estes dois animais domésticos, exibem de forma precisa o surgimento, ascensão e queda destes impérios como veremos a seguir.
I – A VISÃO DE UM CARNEIRO: O IMPÉRIO MEDO-PERSA
1.1 A Época e local da visão (Dn 8.1,2). Cronologicamente, este capítulo vem antes do 5. O capítulo 8 tem lugar no ano terceiro de Belsazar, ao passo que o capítulo 5, como já vimos, marcou o final do governo de Belsazar (Dn 5.30).
Portanto, quando esta visão ocorreu a Daniel, o seu povo continuava exilado em Babilônia. A visão ocorreu em Susã, que era a capital de Elão e a residência de inverno dos reis persas. Aí tem lugar a história de Neemias e Ester. A visão ocorreu próximo ao rio Ulai, que é modernamente chamado de Chapur (GILBERTO, 2010, p. 41).
1.2 “E levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio...” (8.3). Esse carneiro representa a segunda potência mundial, a saber, o Império Medo-persa (Dn 8.20). Ele tinha dois chifres (Almeida Revista e
Atualizada), ou pontas (Almeida Revista e Corrigida), que representavam, exatamente, a união dos dois povos, a saber, os medos e os persas. O chifre que subiu por último representa a Pérsia, a qual se tornou o reino dominante com a subida de
Ciro ao trono. “Daniel contempla na sua visão da noite, que o audacioso carneiro se