Livro e Leitura no Brasil Colonial

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Livro e Leitura no Brasil Colonial: O Início do Domínio

A História Colonial brasileira apresenta características específicas, onde foge muitas vezes àquela História oficial contata nos livros didáticos. Dentre essas especificidades podemos destacar a introdução da leitura em nosso país e como esse “bem” tão precioso, capaz de dominar ou libertar um povo, foi tratado.
A chegada dos portugueses ao Brasil não foi acompanhada de livros ou pretensões científicas; é notório que eles não estavam interessados em disseminar seus saberes em terras tupiniquins. Dessa forma, os primeiros livros que aqui chegaram eram didático-religiosos ou em latim e como não existiam muitos exemplares alguns religiosos eram “obrigados” a copiar seu conteúdo para que fossem repassados a seus discípulos.
No século XIV, apesar de Portugal continuar a proibir a disseminação de obras consideradas profanas, inevitavelmente muitas delas chegaram à colônia. O acesso aos livros é uma forma de delinear o quadro social da época (muito parecido com o atual): a elite era a detentora do conhecimento, já que tinha um maior acesso à obras literárias e científicas, enquanto as classes menores tinham maior dificuldade de alcançá-las. De acordo com a profissão e o status social do indivíduo era dada a concessão régia, licença esta que autorizava a entrada de textos tidos como profanos, para que fossem usados para um fortalecimento da argumentação em favor do sistema vigente.
Dessa forma, inevitavelmente, o crescimento do acesso aos livros foi provocando mudanças na sociedade. A popularização da leitura oral pública, por exemplo, fez como que pessoas analfabetas também pudessem “tocar” neste conhecimento. Essas leituras públicas invariavelmente transformavam-se em rodas de discussões sobre temas diversos.
No Brasil sucedia o mesmo, tanto que as Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia,editadas no início do século XVIII, proibiam não apenas a leitura de obras defesas, mas também ouvir ler

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