Pratica de Leitura no Brasil
1. Introdução
Marcas deixadas pelo passado, na pratica de leitura no Brasil, ainda se faz presentes em nossos dias. É através da análise das marcas deixadas pelo passado, juntamente com nossa realidade atual que poderemos perceber que os sinais para uma nova realidade, cuja sociedade tanto busca.
2. O nosso passado
2.1 A quem era permitido ler?
O acesso a leitura no período colonial era totalmente restrito. O chamado “dom das letras”, seja como sentido de informação, seja para conhecimento técnico só era permitido àqueles que porventura não viriam a causar maiores problemas à metrópole.
O único direito e dever que era cabível aos negros e índios, ambos escravizados, era o de obedecer sem qualquer tipo de criticas ou questionamentos.
Esses fatores mostram de maneira clara como o processo de leitura no Brasil se inicia de forma discriminatória, tudo em nome de uma idéia de superioridade de raça.
2.2 O que era dado para ler?
Com o objetivo de evitar quaisquer problemas com a metrópole, os conteúdos oferecidos à leitura eram totalmente restritos. Qualquer conteúdo que levasse a um questionamento ou modificações não desejadas no estado eram expressamente proibidos. Movimentos que possuíam idéias próprias e interpretações foram brutalmente silenciados e erradicados.
2.3 Como se lia?
Essa proibição não se restringia ao direito de ler e ao seu conteúdo, a forma como se lia também era controlada. A pratica da leitura e da escrita não era criativa e muito menos questionadora. O conteúdo oferecido era de retenção mnemônica ou de memorização, só se lia o que era imposto pelo sistema colonialista.
Na pratica, o sistema de leitura no sistema colonial foi profundamente discriminatório, pois a metrópole tinha perfeito conhecimento do poder que a leitura exercia, seja pela sua forma direta, seja pela escrita, tanto que até a implantação da corte no Brasil era expressamente proibido a existência de gráficos e veiculação de impressos de