Resenha Cap. 1 Casa Grande e Senzala
No primeiro capítulo do livro Casa-Grande e Senzala, denominado de Características gerais da colonização portuguesa do Brasil: formação de uma sociedade agrária, escravocrata e híbrida, Gilberto Freyre procura fazer uma análise dos fatores que possibilitaram a fixação e colonização portuguesa no Brasil, para tanto ele utilizou aparentemente dois métodos científicos: o método histórico, que para compreender a sociedade brasileira na sua atualidade ele recria todo o período colonial com suas características e singularidades, bem como o período anterior que equivale a toda experiência cultural vivida por Portugal no século XV e nas três primeiras décadas do século XVI. E o método comparativo, pois em todo o capítulo ele o utiliza, seja para comparar a colonização portuguesa com a inglesa ou a espanhola; entre Portugal e outros países europeus; entre as capitanias hereditárias do nordeste com as do sudeste e outras várias comparações feitas. Enquanto a um modelo teórico Freyre ''não segue de forma sistemática a nenhum e isso ocorre devido à influência de Franz Boas''[1].
As características do português que possibilitaram a colonização do Brasil: Foi a partir deste ponto que Gilberto Freyre começa a desenvolver o capítulo expondo que os contatos (tanto: culturais e até mesmo sexuais), entre os portugueses com os mouros durante a Idade Média, foram fundamentais para que o português pudesse realizar bem a empreitada da colonização. Pois através de vários séculos de lutas contra os mouros, os portugueses assimilaram algumas de suas características culturais, como se observa nas palavras de Freyre (2006, p. 66) ''A singular predisposição do português para a colonização híbrida e escravocrata dos trópicos, explica-a em grande parte o seu passado étnico, ou antes, cultural, de povo indefinido entre a Europa e a África. ''
Clima, a Terra e a Gente que o Português encontrou: O português diferentemente de outros povos