Historia
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Será que o que "eu" na responsabilidade de exercer a função de profissional em história ao ministrar uma aula, mediar discursos, debates, seminários e palestras em sala de aula, com o auxílio de instrumentos no meu método de ensino, como por exemplo o livro didático, reflito sobre as seguintes questões? A minha concepção teórica e postura pedagógica como proposta de ensino-aprendizagem em história contribuem para formar cidadãos(ãs)? A história como saber das ciências sociais, deve ser problematizada como um espelho ou não das problemáticas que compõem e configuram uma sociedade dentro de uma temporalidade e espacialidade específicas?
Bom, estas interrogações "representam" duas de inúmeras problemáticas que poderíamos levantar aqui neste trabalho, que tem como proposta central a análise de um livro didático de história. Em síntese, estas duas interrogações já nos dão total atenção e pertinência à seriedade das pesquisas que vem sendo feitas sobre o livro didático em nossa contemporaneidade. Primeiramente, porque na minha concepção existem inúmeras correntes teóricas e propostas pedagógicas que são carregadas de interesses e que nos regulam desde a nossa formação do profissional, e que vai influenciarnos diretamente na maneira de instrumentalizarmos o livro didático em sala de aula, como por exemplo o Estado, a indústria cultural e as diversas tramas que configuram da fabricação à distribuição do livro didático nas escolas de todo o Brasil. Em segundo lugar, por trás de todo este campo de poderes que potencializa o livro didático como objeto de interesses complexos, e para além de qualquer teoria ou proposta pedagógica, existem crianças, meninos e meninas, adolescentes, jovens, homens e mulheres, e até pessoas da melhor idade, todos estes sujeitos compõem o corpo de uma sociedade na forma mais contingente possível de se imaginar, ali diante de nossos olhos,