Literatura infantojuvenil
Especialização em Literatura Infantojuvenil
Módulo I- Professora Margareth Mattos
Aluna: Amanda de Sousa Pestana
Análise do livro “Irmãos Zulus” de autoria de Rogério Andrade Barbosa
Nov/2011
Algumas considerações sobre a representação social e cultural do negro na Literatura Bakhtin (1992) afirma que as narrativas funcionam como estratégias formadoras de consciência. Isto afirma que, as representações feitas nas obras literárias acrescentam valores na consciência do leitor ao permitir que se identifiquem com os personagens e/ou a apresentar características próprias de diferentes culturas.
Historicamente foi gerado um reforço negativo desta etnia como uma classe inferiorizada e marginalizada já que, como sabemos, a literatura apresenta-se como um campo fértil de afirmação de padrões culturais e, inclusive de autoafirmação étnica. A Literatura foi usada como instrumento de poder e dominação que retratavam as diferenças de modo que elas fossem transformadas como forma de hierarquizar indivíduos e grupos.
No entanto, nas últimas décadas, iniciaram-se movimentos a favor da valorização da cultura afro e das diferenças étnico raciais. Em janeiro de 2003, o Governo Federal, por meio de Ministério da Educação, aprovou a Lei Nº. 10639, que determina a inclusão do Ensino de História e Cultura Africana e Afro-brasileira nas escolas de nível fundamental e Médio do Brasil.
No entanto, vale ressaltar que não são através de atividades estanques, propostas simplesmente para que haja o cumprimento da Lei e do currículo que vamos dar visibilidade e respeito ás diferenças. É preciso promover sensibilização e creio que a Literatura permita isso.
Sobre o autor
“Professor, escritor, contador de histórias e ex-voluntário das Nações Unidas na Guiné-Bissau. Graduou-se em Letras na UFF (RJ) e fez Pós-Graduação em Literatura Infantil Brasileira na UFRJ. Trabalha na área de literatura Afro-Brasileira e programas de incentivo à leitura,