literatura infantojuvenil
Daniela Farias - 131503
Conto - Meu amigo Sabiá
São Bernardo do Campo
2011
Meu amigo Sabiá
Férias de verão. E bom retornar a fazenda. Lá fora existem animais de todos os feitios. È preciso querer bem a eles, diz meu avó, com um sorriso que envolve toda a fauna, protegendo-a. Eles têm direito à vida, como nós, e, além disso, são muito úteis. Quem não sabe que o cachorro é o maior amigo do homem? Cachorro faz muita falta. Mas o meu maior amigo sempre foi o Sabiá. É evidente que ninguém concorda comigo. Mas o meu sabiá é magico.
Logo percebi que o Sabiá estava na gaiola. A me ver sabiá começou a brincar, cantar bem alto. Não sabia como e por que mas agora se sentia mais feliz. Sabiá astuto, e com sua desenvoltura fez um buraco na gaiola e começou a voar. Com lagrimas nos olhos comecei a gritar:
-Para onde vai? Perguntei com dor.
Ele voou mais alto, não sabia como dizer.
Ao longe o avistei pousar. Sofri um temor que não se via por fora, mas que tomou o meu corpo estourando pelo rosto em brasa viva. Eu estava de pé, docemente agressiva, sozinha no meio dos outros animais, de coração batendo fundo, sentindo o mundo se transformar. Estava perplexa, num equilíbrio frágil.
Até que, vindo ao longe retorna Sabiá. Que logo me encheu de susto e logo também de um orgulho que jamais senti: ele...
Ele retornara ao lar.
Logo perguntei:
-Sabiá por que quer ir embora? Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca mais vai voltar?
Ele ficou olhando e me deu uma resposta simples:
-Não chore minha amiga, pois eu vou voltar.
-Então por que estar a fugir?
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer. E num canto alto pôr-se a voar.
E nem sombra de água. O jeito era juntar as lagrimas, e foi o que fiz. Depois de vê-lo voar livremente pelo céu, outra vez e mais outra. Soube então que sabiá só queria voar, e mesmo sentindo um temor o deixei livre para voltar, não mais para a gaiola, mas para qualquer lugar