Sustentabilidade

Sustentabilidade:

Antes da Rio+20, uma das expressões mais recorrentes para elencar pautas da conferência era a "economia verde". O debate se foi e a sociedade sabe, agora, quase tão pouco quanto sabia antes. A falta de dinheiro para fazer a guinada dos modelos de produção e negócio para um formato mais sustentável acabou deixando a economia no mesmo tom marrom. O presidente francês advertiu: ''Economia verde não é panaceia'', ou seja, ela não é o remédio para todos os males.

A crise econômica global atrapalhou muito. Obter financiamento para ações de desenvolvimento sustentável é um problema, quando os países estão tentando equilibrar as contas em casa.

Sucesso e fracasso são conceitos intimamente ligados às expectativas lançadas sobre uma conferência, uma reunião de trabalho ou uma partida de futebol. Em parte a frustração se deve à expectativa que os próprios organizadores lançaram sobre a conferência de agora. “Mudar o mundo”, “escrever o futuro” e “o que nós queremos” são expressões que deixam no ouvinte a sensação de que um grande passo está próximo.

A Rio+20 entra para a história, assim, repetindo um problema de sua antecessora, de 1992, que padeceu por sérios problemas nos tais “meios de implementação”. Expressão que, em português, espeta os ouvidos, desde 20 anos atrás era um problema. “Implementar” é tornar realidade, o que exige dinheiro. Sim, migrar, preservar, criar sistemas e procedimentos de sustentabilidade é um investimento. Mas mudar o paradigma custa caro.

Vinte anos atrás, na Eco-92, a canadense Severn Suzuki clamou, ''Por favor, façam as suas ações refletirem as suas palavras. Não encaramos o futuro como prioridade.”

A mídia divulgou que a reunião foi um fracasso, pois, entre outros aspectos, não impôs responsabilidades e sanções para os países que atuarem no sentido contrário ao da sustentabilidade ambiental do planeta. Todavia, o fato de a opinião pública e os chefes de estado se mobilizarem para discutir o tema já não é um