LIQUIDO E SÓLIDO
“...Estou cansado demais
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei”... “Capitão de indústria” Marcos e Paulo Sérgio Valle
Com um trecho desta música, eu abro minha resenha sobre o texto de Zygmunt Bauman, discutido em sala de aula, durante a disciplina Tópicos especiais em Ciências Sociais. Ao analisarmos o mundo no momento atual, chamado de pós-moderno, não podemos deixar de considerar que toda sociedade e a força que a rege, a domina e a mantém hegemônica, tem fundamentos desde o tempo do Feudalismo, onde as relações de poder e opressão têm seu início, com uma autoridade dominante oprimindo um grupo submetido a esta “força”. Assim então, iniciava-se as relações envolvendo poder econômico entre dominante e dominado. Os séculos se passaram e essas relações entre o poder econômico e a sociedade acompanharam a passagem do tempo, até que chegamos ao século XIX, com o advento da revolução industrial que provocou novas transformações nessas relações entre sociedade e poder econômico. Desde a revolução industrial na era chamada moderna, as transformações sociais e de capital, não pararam mais, e vêm sofrendo mudanças, porém algo permaneceu intrínseco nesta relação. A força do poder, apesar de dominar e oprimir ela paradoxalmente, é a mola que move as transformações da sociedade, que tenta o tempo todo, se libertar dessas pressões impostas pela dita modernidade, seja de maneira consciente do indivíduo ou abstratas, nas formas de relações sociais, cultural e econômica, que acabam por sofrer alterações na medida que “evoluímos” ou melhor, avançamos no tempo, pela modernização da máquina e pela ganância do capital. Dentro deste debate, chegamos ao texto de Zygmunt Bauman, lido e discutido em sala de aula. Nele, o sociólogo polonês, trata