Separação liquido-solido
SEPARAÇÃO SÓLIDO - LÍQUIDO
Capítulo 14
Silvia Cristina A. França Enga. Química, DSc. Giulio Massarani Engo. Qímico, DSc.
Rio de Janeiro Dezembro/2004
CT2004-189-00 Comunicação Técnica elaborada para a 4a Edição do Livro de Tratramento de Minérios Pág. 573 a 609
Tratamento de Minérios 4a Edição – CETEM
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INTRODUÇÃO
Entre as múltiplas opções oferecidas pela operação de separação de fases, este capítulo restringe-se às suspensões sólido-líquido e aos aspectos relacionados ao projeto e análise do desempenho de alguns equipamentos tradicionais para o espessamento e a filtração. No que se refere ao espessamento, será abordada a sedimentação contínua tanto no campo gravitacional – espessador Dorr-Oliver – como no campo centrífugo moderado resultante do escoamento da suspensão na configuração geométrica peculiar do hidrociclone. A filtração de suspensões, que também será abordada neste capítulo, se restringirá aos filtros prensa e rotativo, na qual se considera a operação descontínua e sob pressão de algumas atmosferas, no primeiro caso, e continuamente e sob vácuo, no segundo.
Fluidodinâmica da Partícula
Em muitas situações, como na operação de um ciclone, a concentração da fase particulada está relacionada ao comportamento dinâmico das partículas em movimento no interior do equipamento. A velocidade terminal de sedimentação, v, de uma partícula isolada em movimento no fluido com densidade ρf e viscosidade µf é dada pela equação empírica (Massarani, 2002):
µ v= f Dpρ f
c Re 2 −1,20 c Re 2 k 1 D + D k 24 2
− 0,60
−0,83
[14.1]
onde CD é o coeficiente de arraste da partícula e Re é o número de Reynolds:
Re =
ρ f vD p µf
3 2
4 ρ f (ρ s − ρ f ) bD p c D Re = 2 3 µf
k 1 = 0,843log10
φ 0,065
e
k 2 = 5,31 − 4,88φ .
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Separação Sólido-Líquido
Neste resultado a partícula é caracterizada