Lipovetsky Felicidade Mercantil

347 palavras 2 páginas
Lipovetsky Feliciré-visualização sua maneira de viver em situações-limite, como doença grave, seques- tro ou uma ameaça qualquer que revele de modo contundente a fragilidade da vida. Outros preferem não pensar na morte porque a veem como aniqui- lamento, ao admitir que nada existe depois dela. Como viveríamos a partir dessa hipótese? Segundo alguns, levando em conta que a vida talvez devesse ser aproveitada gozando o momento presente, con- forme a exaltação do ffliPe diem romano. Como passagem para outra vida, como aniqui- lamento ou de acordo com inúmeras outras inter- pretações possíveis, a morte é um enigma que nos assombra desde sempre. Estudos a respeito dos pri- mórdios da nossa civilização relacionam o registro dos sinais de culto aos mortos ao aparecimento das primeiras angústias metafísicas. Sob esse aspecto, a morte é a fronteira que não representaria apenas o fim da vida, mas o limiar de outra realidade. A morte daqueles que amamos e a iminência da nossa morte estimulam a crença a respeito da imortalidade ou de algum tipo de continuidade da vida, como a reencarnação. Por isso o recurso à fé religiosa aplaca o temor diante do desconhecido, oferece um conjunto de convicções que orienta o comportamento humano diante do mistério e pres- creve maneiras de viver para garantir melhor des- tino à alma. Desse modo, a angústia da morte leva à crença no sobrenatural, no sagrado, na vida depois da morte. Com o amparo da fé, a morte representa a pas- sagem para a vida eterna no Paraíso, para um outro tipo de vida humana ou animal, ou para o Nirvana. Ainda que a fé continue como um farol para mui- tos, o que discutimos neste capítulo são as reflexões filosóficas sobre a morte. Se a filosofia é uma das expressões da transcendência humana, pela qual buscamos o sentido de nossa existência, a morte não lhe pode ser estranha. dade Mercantil Trabalhos

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