FELICIDADE PAR RESUMO
HIPERCONSUMO”
Autor:
Gilles Lipovetsky
Resenhado por:
Gilcerlândia Pinheiro Almeida Nunes81
Enquanto se tem à disposição mais possibilidades de satisfações, mais inacessível parece estar a felicidade do indivíduo hiperconsumidor.
Gilles Lipovetsky nasceu em Millau/França, em 24 de setembro de 1944. É filósofo e professor da Universidade de Grenoble na França. Possui uma vasta obra publicada, sempre enfatizando o consumo na pós-modernidade. Dentre elas, Do
Luxo Sagrado ao Luxo Democrático; A Era do Vazio: Ensaios Sobre o Individualismo
Contemporâneo;
A
Felicidade
Paradoxal:
ensaio
sobre
a
sociedade
de
hiperconsumo (2006); O Império do Efêmero: a Moda e Seu Destino nas Sociedades
Modernas (1989); O Luxo Eterno: da Idade do Sagrado ao Tempo das Marcas
(2005); Os Tempos Hipermodernos e a A Terceira Mulher, entre outras.
O livro aqui resenhado é “A felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo”, uma obra ensaística, onde o autor discute o consumo na contemporaneidade, a corrida pelo bem-estar individual, através do consumo hedonista, a busca infinda pela felicidade e a consequente sensação de desamparo perante a total responsabilidade pelo seu êxito ou fracasso pessoal.
A expressão “sociedade de consumo” nasceu nos anos 1920 e popularizou-se entre 1950 e1960. Refere-se a um tipo de consumo puramente materialista que põe o apoderamento do dinheiro em um plano superior na vida, portanto, para
Lipovetsky, esse momento da história deve ser visto como ultrapassado, não que o consumo tenha sido superado, longe disso, “A dinâmica de expansão das necessidades se prolonga, mas carregada de novos significados coletivos e individuais” (p 24), ou seja, haveria agora um tipo de “hipermaterialismo”. Os homens continuam sedentos de consumo, entretanto agora, de forma direcionada a
81Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e aluna de mestrado do Programa de