Considerações Iniciais sobre a Felicidade Paradoxal de Gilles Lipovetsky
Esta primeira fase de consumo se estendeu até o final da 2ª Guerra Mundial, e nela, houve um aumento da produtividade com custos mais baixos que proporcionaram o desenvolvimento da produção de massa, em que consumir passou a ser emblema de felicidade, em conceitos que Lipovetsky trata como "consumo-sedução" e "consumo-distração" (p.27 - 31). Tais conceitos referem-se à associação da felicidade, à aquisição de bens em prol de um cotidiano facilitado ao explanarem táticas de diversificação de produtos, entre outros processos que visam reduzir o tempo das mercadorias por meio de renovações sazonais, em modismos cíclicos. O conforto material e o lazer guiaram pessoas e comportamentos, sendo os agentes de transformação do consumo mercantil em estilo de vida.
Na segunda fase, o autor conduz sua reflexão acerca da sociedade de consumo (p. 32), em que a publicidade educou as massas para o consumo, criou justificativas para o "gosto de gastar", reorganizou a vida cotidiana por princípios mercantilizados e, assim, homogeneizou mentalidades. Lipovetsky discorre sobre o "consumo emocional", no qual os indivíduos têm um êxtase particular por adquirirem um determinado bem ou produto de uma marca específica. A publicidade