Linhagens do estado absolutista (rússia e polônia)
Rússia e Polônia como estados totalitários.
ANDERSON, Perry. Linhagens do estado absolutista. 3ªed. São Paulo: Ed Brasiliense, 1994.
Cedovim, Ricardo Luiz Melo
Russia.
Trataremos agora do absolutismo mais “estável”, o czarismo russo sobreviveu à todos os seus precursores e foi o único a ser manter quase intacto até o séc. xx. Após as sucessivas crises na parte final do feudalismo (guerras, epidemias e outros) à partir de 1450 paulatinamente os países da Europa vão se recuperando economicamente e populacionalmente. Acompanhando esta recuperação, o império moscovita ampliou seu território em mais de 6x, beneficiado pela propagação da utilização da moeda tal qual o sistema de afolhamento trienal, cujo substituiu o sistema de agricultura tradicional-camponês mais destrutivo, logo, difundia-se o uso do arado de madeira e moinhos.
A manufatura, o intercâmbio urbano e o aumento de trabalho assalariado juntamente aos supracitados contribuíram para uma base de fundamentos absolutistas-centralizadores que Ivan III “inaugura” na Rússia. Até a ascensão deste monarca, a classe fundiária russa era formada por príncipes e outros membros da nobreza, detentores de vastos domínios territoriais e escravistas, em sua maioria de origem bárbara ou oriental. Em 1478, Ivan ao se consolidar ao esboço de estado ducal, domina novas faixas de terras e as coloniza com um novo tipo de nobreza, em 1497, um importante passo é dado em relação à submissão do campesinato em forma de domínio jurídico, Ivan reduziu a tramitação camponêsa à duas semanas por ano, uma antes do tradicional dia de São Jorge, e outra depois.
Ivan já esboçara as feições de um “embrionário” absolutismo e seu sucessor Basílio III continuaria na mesma toada. Basílio “arroxou as rédeas” sobre o campesinato, chegando a tomar inclusive as terras de alguns nobres, e