Formação do Estado Austríaco
O Estado austríaco representou o oposto constitucional da Comunidade polonesa. Ele se baseou de forma mais completa e exclusiva no princípio da organização dinástica. A linhagem Habsburgo conservou o poder na Áustria do século XIII ao princípio do século XX. A identidade política entre as regiões que formaram o império austríaco era a identidade da dinastia que as governava. O Estado Habsburgo foi um agrupamento de heranças, sem denominador comum étnico ou territorial. O absolutismo austríaco não conseguiu criar uma estrutura estatal coerente e integrada, como a Prússia e Rússia. Nunca foi reduzido a uma estrutura política única, A maioria das populações camponesas governadas por essa dinastia estavam atadas ao solo ( tchecos, eslovacos, húngaros, alemães e austríacos), com predomínio absoluto da servidão. A família Habsburgo era natural da Renânia e se destacou em 1273, quando o conde Rodolfo foi eleito imperador pelos príncipes alemães. Vencendo o rei da Boêmia, a linhagem Habsburgo assumiu o controle dos ducados austríacos e transferiu para aí sua base de governo. O engrandecimento de seu domínio viria com a união austríaca às terras renanas. Habsburgo tentou anexar os cantões suíços. A reação popular derrotou os austríacos e a Suíça passou a uma confederação autônoma, desvinculada do império a única república independente da Europa. A revolta suíça aglutinou dois elementos sociais: as montanhas e as cidades. Os Alpes se situavam ao longo das rotas de comércio terrestres, entre duas regiões urbanas povoadas: sul da Alemanha e norte da Itália. A revolta reuniu montanheses rurais e burgueses urbanos. No século XV, a dinastia Habsburgo perdera para os suíços os territórios além do Reno e desviou-se para leste. Anexou o Tirol, a Boêmia. Uma aliança matrimonial lhe deu os Países Baixos. Fernando I demarcou o vasto espaço que caberia ao Império. Lutou contra os turcos na Hungria e assumiu o controle da região ocidental. Fernando esforçou-se para