Formação dos estados nacionais
Wellington José Campos
Professor de História da Rede Estadual de Educação de Minas Gerais. Especialista em História e Culturas Políticas pela Universidade Federal de Minas Gerais
RESUMO Este artigo é parte integrante de um trabalho surgido da necessidade de compreender a importância da obra Linhagens do Estado Absolutista, de Perry Anderson, na historiografia marxista contemporânea através da concepção da formação dos Estados Absolutistas. Tal obra propicia uma ampla compreensão das monarquias absolutistas, apresentando-se como uma análise marxista do absolutismo, partindo das suas características gerais e particulares, ou seja, uma análise do Estado Absolutista em aspecto teórico e sua efetiva forma de desenvolvimento nos países europeus. O artigo tem em vista a discussão acerca do conceito de absolutismo, vendo como vários autores de diversas correntes compreendem esta temática. PALAVRAS-CHAVE Absolutismo, Estados Nacionais, Poder Absolutista.
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História, imagem e narrativas N 8, abril/2009 – ISSN 1808-9895 - http://www.historiaimagem.com.br o A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS Uma reflexão sobre conceitos Ao tratarmos a questão absolutista temos que compreender que esta se tornou uma cultura política de uma determinada sociedade em um determinado espaço e tempo. Por assim dizer ao nos concentrarmos em discutir as diversas interpretações do termo podemos verificar que este tem uma variedade de designações. Neste texto o conceito de cultura política empregado se aproxima da visão de Serge Berstein, no qual podemos também citar a influência de Jean-François Sirinelli, para o qual a cultura política será um determinado código ou conjuntos de referenciais, que estariam intensivamente difundidos no seio de um partido político, ou até mesmo no seio de uma família1. A discussão acerca do Estado