Formação do estado nacional
Desde o final do sec. XVI, em Portugal, e durante o século XV, na França, Espanha e Inglaterra, começaram a surgir às monarquias nacionais, com o fortalecimento do rei e, portanto, a centralização do poder. Desse modo configurou-se o estado moderno, com prerrogativas do governo central, tais como o monopólio de fazer e aplicar leis, recolher impostos, cunhar moedas, ter um exercito, e ser o único a deter o monopólio legitimo da força e o aparato administrativo para apresentar serviços públicos.
A Itália dividida: Maquiavel
Enquanto as demais nações centralizavam o poder, a Alemanha e a Itália permaneceram fragmentadas em inúmeros estados, sujeitos a disputas internas e a hostilidades entre cidades vizinhas. A Itália, especialmente, sofria com a ganancia de outros países, como Espanha e França, que assolavam península com ocupações intermináveis.
Na Itália dividida viveu Nicolau Maquiavel (1469-1527), na republica de Florença. Observava com apreensão a falta de estabilidade politica da Itália, dividida em principados e republicas onde cada um dispunha de sua própria milícia, geralmente formada por mercenários. Nem mesmo os estados pontifícios deixavam de formar seus exércitos.
Maquiavel era maquiavélico?
Escrito em 1513 e dedicado a Lourenço de Médici, o príncipe provocou inúmeras interpretações e controvérsias. A primeira vista, essa obra perece defender o absolutismo e o mais completo imoralismo:
E necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mal e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade.
D a leitura apressada de sua obra decorre o mito do maquiavelismo, que tem atravessado os séculos. Na linguagem comum, chamamos de pejorativamente de maquiavélica a pessoa sem escrúpulos, traiçoeira, astuciosa, que, para atingir seus fins usa de mentira e de má-fé e nos engana com tanta sutileza que não percebemos a manipulação. Como expressão dessa conduta, costuma-se vulgarmente atribuir a Maquiavel