A formação do estado nacional
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“Concordam os historiadores, de modo geral, que a Idade Média terminou mais ou menos por volta de 1500. Já em 1350, aproximadamente, um novo movimento na Itália, chamado geralmente de Renascença, começara a desafiar e a superar certos pressupostos medievais básicos. Nas alturas de 1500, a Renascença italiana espalhou-se para a Europa Setentrional e a partir de então levou a importantes realizações na ciência, que se tornaram fundamentos do pensamento e da civilização da Europa moderna. Ao mesmo tempo, no século XVI, começou na Alemanha, propagando-se para muitos países, um movimento religioso conhecido como a Revolução Protestante. Esse movimento contribuiu para os primórdios da Era Moderna, ao acabar com a uniformidade religiosa da Idade Média e ao fomentar um surto de individualismo e de consciência racional. Na esfera econômica, por volta de 1500, os europeus navegaram até continentes distantes e começaram a ganhar novas fontes de abastecimento. A descoberta e a colonização de territórios ultramarinos contribuíram para a Revolução Comercial, que durou de mais ou menos 1450 a 1800 e estabeleceu um dinâmico regime de comércio voltado para o lucro. Do ponto de vista da política, o período em torno de 1500 inaugurou uma era de absolutismo que durou até 1800, aproximadamente, e foi marcado pelo desenvolvimento de governos absolutos, encabeçados em alguns casos por reis que se identificavam com o Estado e que professavam governar por direito divino. Finalmente, entre 1600 e 1789, ocorreu uma revolução intelectual, a qual culminou no “Iluminismo”, ou a exaltação da razão.”
BURNS, Edward Mcnall. História da civilização ocidental. 30. ed. São Paulo : Globo, 1993. v. 2. p. 338.
A leitura do texto introdutório nos permite tomar conhecimento das significativas mudanças que passaram a fazer parte da sociedade ocidental européia, a partir do século V (Idade Moderna : século XV ao XVIII). Antes de iniciarmos nossos estudos referentes a esse período, vamos retomar alguns