Linguagem e ideologia
A frase não é um aglomerado de palavras, mas uma cadeia de regras. Assim o discurso não é um amontoado de frases. Em textos caóticos diz-se que “Isto não significa nada, mas no discurso estruturado temos a sintaxe e a semântica no seu interior. A sintaxe discursiva tem processos estruturais e procedimentos de introdução ou não da primeira pessoa. Pois a introdução da primeira pessoa traz o efeito da subjetividade e o não uso traz o efeito de objetividade. Na sintaxe discursiva ainda temos o discurso direto, indireto e indireto livre. No discurso direto sua marca é a presença integral do discurso relatado dando efeito de verdade. Por isso a sintaxe discursiva tem autonomia em relação as formações sociais, enquanto a semântica dependente é ligada diretamente as formações sociais. No discurso temos a manipulação consciente e a determinação inconsciente, na sintaxe discursiva usa-se a manipulação consciente. O orador usa de estratégias argumentativas e outros procedimentos para criar o efeito de verdade. Nas determinações inconscientes é a semântica discursiva e seus elementos semânticos usados no discurso que dependendo da época mostra a maneira de ver o mundo numa dada formação social. A semântica discursiva é o campo da determinação ideológica.
Variabilidade na invariabilidade Neste capitulo o autor mostra que discursos de naturezas diferentes podem utilizar os mesmos elementos semânticos, e que há formas de distingui-los. Essa diferença é estabelecida pelo nível profundo ou de superfície. Nos elementos semânticos de superfície são as variações que concretizam um elemento semântico invariante. Deve-se determinar com precisão o componente da linguagem para termos nitidez a determinação ideológica. Mas estudar as coerções ideológicas só com os elementos da estrutura profunda pode falsear a analise. No nível superficial se revelam as determinações ideológicas. Dois discursos podem trabalhar com os mesmos elementos