Linguagem cinematográfica

LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA

Assim como a linguagem escrita, que usamos para nos expressar e comunicar, as técnicas audiovisuais, inicialmente com o cinema, desenvolveram linguagens que articulam os elementos próprios dos meios em questão. Isto é, imagem e som. Dessa forma, como já colocado, é possível construir um discurso audiovisual com o uso da imagem cinematográfica (cinema) ou a imagem eletrônica (tv/vídeo). A linguagem cinematográfica foi, historicamente, a primeira a ser desenvolvida. Hoje, ela é base para outros gêneros do audiovisual, como o vídeo e a televisão. Pensando nos elementos lingüísticos textuais, se na escrita a palavra é a menor unidade com significado próprio, o plano é a unidade mínima no cinema. Ele é definido pela imagem contínua que existe entre dois cortes; é a continuidade da cena, da ação, sem interrupção pelo corte, pela mudança de imagem. A duração de um determinado plano é definida na montagem ou edição do filme. Já o corte é, como o próprio nome revela, a mudança entre uma imagem e outra, entre um plano e outro; é a interseção entre dois planos, duas imagens. Quando uma imagem é substituída por outra, por uma imagem de outra câmera, temos um corte. O corte pode ser de dois tipos básicos: o corte seco e a fusão. O mais comum é o corte seco; nele, existe a troca imediata entre uma imagem e outra, o corte seco é aquele que faz a mudança abrupta entre um plano e o seguinte. Já a fusão acontece quando um plano sucede outro através de uma transição mais ou menos demorada, onde a imagem se funde, se mistura, com a outra que a vai substituir na tela, até o ponto onde a primeira já não aparece e a segunda já é clara e bem definida. O conjunto de vários planos, em um filme ou peça audiovisual, forma uma cena. Uma cena geralmente representa uma ação acontecendo em um mesmo tempo e espaço dramáticos. Um conjunto de cenas é denominado de seqüência, que por sua vez apresenta uma unidade de ação ou tema. Um filme é um conjunto