lingua de eulalia

Ensinar criticando Paginas 187 a 189 PRA MIM FAZER: Seria muito mais fácil se pudéssemos explicar as coisas de um modo simples ao invés de se ter um ataque histérico sempre que um aluno diz: PRA MIM FAZER. Trata-se de explicar o fenômeno, mostrar que ele tem logica, mostrar que as regras gramaticais também estão agindo ali no pra mim fazer. Tem que se destacar o valor social atribuído ao uso linguístico: PRA MIM FAZER é considerado errado. Não se pode querer simplesmente eliminar a realidade linguística , pode-se mostra que há duas formas de uso em concorrência e cada uma tem seu valor, mas não valor linguístico uma vez que cada uma tem são duas construções gramaticais perfeitamente logicas e coerentes, mas sim valor social, valor esse determinado pelo tipo de sociedade em que vivemos. O PRA MIM FAZER é usado pelas esmagadora maioria de nossa população, mas essa maioria não tem influencia em decisões importantes para o pais, o que é considerado bom, bonito, certo pertence a minoria dos cidadãos. Tem que se ensinar a norma-padrão mas ensinar de forma critica, de uma forma que mostre que linguisticamente a norma padrão não tem de mais em relação as variedades usadas pelos menos cultos ou os analfabetos. É proposta a valorização de usos linguísticos não padrão já que essa língua faz parte da identidade da pessoa, negar valor ao modo com essa pessoa fala , é o mesmo que negar valor ao que a pessoa é.

VAMOS EXTERMINAR OS “INDIOS” DA LINGUAGEM?

MIM NÃO FAZ NADA – Só índios falam “pra mim fazer”
Ao perceber que essa construção sintática esta muito difundida entre falantes cultos tenta-se acabar com ela acusando este falante de agir como índio, a impressão que se passa é que do mesmo modo que os que os conquistadores do continente americano exterminaram centenas de nações indígenas, agora quisessem exterminar o PRA MIM FAZER. A pratica preferida dos paragramáticas tem sido a de culpar o falante culto de maltratar a língua, baixando a