Liderança.
O estilo brasileiro de administrar / Betânia Tanure de Barros, Marcos Aurélio Spyer Prates. São Paulo: Atlas, 1996.
Bibliografia ISBN 85-224-1470-X
3. Impactos da cultura brasileira na gestão empresarial.
3.1 Processo de Liderança
Foi verificado que a motivação pelo “poder” é um forte atrativo entre os líderes, mais do que o desafio de atingir objetivos e resultados para a sua empresa. Uma pesquisa revela que 53% dos gerentes brasileiros responderam afirmativamente à pergunta: “A maioria dos executivos parece ser motivada mais pela conquista do poder do que para atingir resultados”.
Os gerentes americanos procuraram superar seu próprio desempenho, são orientados por metas, buscam a auto-realização e desenvolvem sua própria carreira. As teorias de liderança desenvolvidas nos Estados Unidos são para indivíduos conscientes de sua independência. A relação entre líderes e liderados é orientada por um principio em que ambos buscam interesse próprio, regulada pelo mercado. Em resumo, é um relacionamento centrado nas relações formais de trabalho, comprometimento do liderado dependendo de recompensas financeiras e do seu desempenho, o liderado é mais orientado pela carreira profissional do que pelos destinos da empresa.
Na Alemanha, os líderes esperam uma boa resposta de seus liderados e os testam, exigindo desempenho, que por sua vez, retribuem com perfeição. Os lideres esperam ainda lealdade, senso de dever e obediência de seus liderados, dando em troca a segurança do trabalho, e os consideram responsáveis por sua performance e não os controlam, esperam que os mesmos resolvam seus próprios problemas. Em geral, os alemães devem ser francos e comunicar com clareza suas expectativas. A liderança pessoal na Alemanha pode ser substituída por regras bastante claras, detalhadas e apresentadas com lógicas.
No Brasil, o relacionamento acompanha a tradição familiar, em que o líder da a proteção e o liderado assume deveres