liderança
Eugenio Mussak
Há muitas escolhas a serem feitas na construção de uma carreira
Em inglês, escolher é to choice, mas os americanos, sempre práticos, utilizam uma expressão curiosa para falar sobre escolhas, especialmente no mundo dos negócios, em que os executivos vivem tendo de tomar decisões: trade off. Mais do que uma escolha, a expressão trade off quer significar uma troca. E a troca significa uma espécie de condenação determinista a que todos estamos sujeitos. Afinal, não se pode ter tudo. “Quer isto? Então não vai ter aquilo! E se dê por feliz, pois tem gente que não vai ter isto nem aquilo” – parece dizer o destino com seu olhar de desprezo diante de nossas dúvidas.
Na construção de uma carreira há muitas escolhas a serem feitas. Uma delas é se se vai assumir um cargo de liderança ou não. Por esse ponto de vista, liderança é, em primeiríssimo lugar, uma escolha. E, como tal, pressupõe renúncias. Se você escolheu ser um líder, saiba que está abrindo mão do conforto de não liderar, o que é muito mais fácil, por exigir menor carga de responsabilidades. E de pouco adianta você dizer “Eu não escolhi, só aceitei o convite”, pois você sempre poderia ter escolhido não aceitar, não é? Mas já que aceitou (escolheu) está na hora de preparar-se para honrar a opção, como fazem os adultosGrandes líderes da História fizeram grandes escolhas, que influenciaram a vida de muitas pessoas, e assumiram a responsabilidade por elas, para isso eram líderes. Sim, ser um líder é ter preparo para fazer escolhas e disposição para assumir a responsabilidade por elas. Sem essas duas qualidades não há liderança. E isso nos leva de volta à primeira grande escolha, que é a escolha de ser um líder.
No livro Total leadership – Be a better leader, have a richer life, o professor Stewart Friedman, exdiretor da Wharton School, propõe três tipos de ações para os líderes: atuar com autenticidade; atuar com integridade; e atuar com criatividade.