Libras

O progresso da inclusão escolar exige uma mudança significante no processo educacional, no pensamento incutido em nossas crenças e costumes, e para se tornar realidade é necessário deixar esses costumes e crenças, por práticas renovadoras. Ao dar entrada ao bilinguismo (Libras/ Língua Portuguesa) o surdo amplia os recursos linguísticos que proporcionam o acesso a qualquer tipo de conceito e conhecimento existente. Sem dívidas, a inserção da Língua Brasileira de Sinais, como componente curricular na formação de professores é uma vitória para a comunidade surda, além da sensibilização aos demais alunos e da sociedade para a integração da pessoa com deficiência. Em razão dessa centralidade da linguagem, o conceito da palavra é entendido como referência na construção da consciência e do funcionamento superior. Ao ser autenticada como componente curricular no ensino superior, a Libras facilita o avanço do conhecimento linguístico, intelectual e social de seus usuários dando impulso para exercer a cidadania participando ativa e conscientemente do meio social. O reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais favoreceu a valorização da comunicação, ideias e fatos da comunidade de pessoas com deficiência, tornando próxima a realidade da cultura surda aos demais, somando o que vem sendo feito com a aproximação entre o querer e o fazer na educação. Portanto, é preciso por em prática a Legislação de Libras como disciplina no ensino superior, senão não será possível a compreensão por parte dos profissionais da educação a diferença linguística dos alunos surdos e do efeito causado se for igualada com a Língua Portuguesa. Não há como garantir a qualidade de ensino se aluno e professor não compartilham a mesma língua. Acredito que o papel do educador não se restringe á sala de aula e nem se limita ao conteúdo da disciplina. Ele pode além disto, influenciar a formação social dos alunos, favorecendo situações que acatam suas especificidades com o objetivo de desenvolver